Zoltan Paul Dienes é um matemático que contribuiu
com a didática matemática elaborando um método para exercitar a lógica e
desenvolver o raciocínio abstrato. Dienes ficou muito conhecido, com seu
trabalho com blocos lógicos e com o material multibase tem como objetivo que os
alunos aprendessem através de objetos concretos e de experiências vivenciadas cotidianamente
pelos alunos.
Para Dines (1974) Aprender era adptar-se a uma nova
situação. Todos os jogos infantis representam uma
espécie de exercício que permite à criança adaptar-se a situações que terá de encontrar em sua vida futura.
A
utilização dos jogos matemáticos faz surgir no aluno, o interesse pelo
conhecimento e desenvolvimento das operações matemáticas e a vontade de
descobrir novos conhecimentos.
O ensino através do lúdico cria um ambiente atraente, servindo de
estímulo para o desenvolvimento integral da criança, agindo como facilitador,
colaborando para trabalhar bloqueios que os alunos apresentam em relação a
alguns conteúdos matemáticos
PCN (1998), os jogos podem contribuir para um trabalho de atitudes enfrentar desafios, lançar-se à busca de soluções, desenvolvimento da crítica, da intuição, da criação de estratégias e da possibilidade de alterá-las quando o resultado não é satisfatório.
Dienes
criou blocos lógicos para que as crianças aprendessem as relações lógicas que
deveriam ser estabelecidas por meio de situações concretas. No seu ponto de
vista observando essas relações as crianças poderiam distinguir cores, formas,
tamanhos etc. Seu objetivo era identificar não apenas semelhanças e diferenças
entre as peças, mas trabalhar os conceitos lógicos.
O material multibase era constituído
por peças de madeira que vinham em caixas , cada uma com peças para se
trabalhar determinada base. Esse material permitia a criança compreender a
lógica do sistema numérico posicional. A ideia do multibase é desenvolver nos
alunos a compreensão de como funciona um sistema de numeração posicional por
meio da representação ou de como se agrupar necessárias para aprendizagem da matemática quantidades em diferentes
bases. Dessa maneira a criança pode aumentar seu grau de entendimento sobre o
sistema da numeração decimal.
O
livro aborda os processos envolvidos na construção do conceito de número pelas
crianças e ajuda o professor a observar como elas pensam a fim de entender a
lógica existente nos erros.
O texto enfatiza que a criança é ativa e curiosa e não aprende Matemática memorizando, repetindo e exercitando, mas resolvendo situações-problema, enfrentando obstáculos cognitivos e utilizando os conhecimentos que sejam frutos de sua inserção familiar e social.
O texto enfatiza que a criança é ativa e curiosa e não aprende Matemática memorizando, repetindo e exercitando, mas resolvendo situações-problema, enfrentando obstáculos cognitivos e utilizando os conhecimentos que sejam frutos de sua inserção familiar e social.
Constace Kamii trata sobre a autonomia da
criança e como trabalhá-la de forma positiva na educação, enfatiza sobre como o
cálculo mental tem recebido pouca atenção, tanto no currículo escolar, quanto
pelos educadores. Contudo, no cotidiano, quando somos confrontados com algum
problema que envolve operações, o importante seria alcançarmos mentalmente o
resultado ou estimarmos um valor aproximado.
Esta concepção, ao realizarmos o cálculo mental, não
escrevemos registros de valores ou fazemos uso de instrumentos que facilitam o
cálculo, como, por exemplo, a calculadora. Porém, cabe destacar que os
registros escritos não descaracterizam o cálculo mental, ao contrário, eles
servem como uma ferramenta de auxílio em determinadas situações. No
ambiente escolar, o cálculo mental ainda não é tão valorizado quanto a conta
armada, e deve ser incentivado já nas séries iniciais
Piaget
propõe que se estruture os jogos nas formas de exercício, símbolo e regra,
observando o desenvolvimento da criança nestes jogos e em seu estágio de
desenvolvimento cognitivo. Dentro de um quadro de referência piagetiana, é pela abstração reflexiva que se dá a construção de uma estrutura numérica pela criança.
Os jogos também proporcionam condições de desenvolver o
pensamento lógico-matemático e começar a fazer representações, desenvolve as
estruturas mentais sendo indispensáveis para a construção e conservação de números. Com
relação ao jogo como recurso para auxiliar a aprendizagem, Kamii traz mostra
diversos modelos de jogos e brincadeiras que podem ser aproveitados na
aprendizagem da criança: dança das cadeiras, jogos de
baralho, jogos com bolinha de gude, jogos da memória, etc..
Referencias
DIENES,Z. P. As seis etapas do processo da aprendizagem em matemática. são Paulo: EPU- Editora Pedagógica universitária, 2008.
KAMII, Constance. A criança e o número. Campinas: Editora Papirus, 2000.
http://revistaescola.abril.com.br/matematica/fundamentos/pensar-matematico-428559.shtml
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